O POTENCIAL HEPATOPROTETOR DO GENGIBRE (Zingiber officinale): UMA REVISÃO SOBRE SEUS PRINCIPAIS MECANISMOS DE HEPATOPROTEÇÃO

Paulo Rogério Moreira da Silva, Milena de Cassia Alves Monteiro da Silva, Camila Macena de Oliveira Monteiro, Ennaly Monteiro de Farias, Maria Emília da Silva Menezes

Resumo


O fígado é um órgão vital ao organismo por regular vários processos fisiológicos. Há uma longa tradição em tratar problemas hepáticos com ervas devido a suas propriedades antioxidantes. O Zingiber officinale, conhecido como gengibre, é uma dessas plantas. Visando compreender seus mecanismos hepatoprotetores, foi feita a presente revisão literária. Realizou-se a busca nas bases de dados SciELO, MEDLINE/Pubmed e LILACS, com os termos hepatoprotective e liver combinadas com ginger e Zingiber officinale, analisando-se 16 artigos dos anos 2012-2018. Os resultados mostram que grande parte dos mecanismos de hepatoproteção associam-se à atividade antioxidante por regularem positivamente o fator de transcrição Nfr2 e aumentarem as glutationas hepática, S-transferases (GST), peroxidase (GPx) e catalase (CAT). Há prevenção de cânceres através da diminuição dos genes Caspase3, MK167 e C-fos, e de sua metástase pela inibição do TGF-β1. Há redução da expressão de PCNA, colágeno, colesterol e triglicerídeos (por inibição da superexpressão de ChREBP) e alívio da inflamação (por inibição de prostaglandinas, leucotrienos, TNF-α, IL-1β e COX-2, e supressão do NF-κB p65, do receptor TLR4 e da MAPK). Tais propriedades relacionam-se com os compostos gingeróis, shagaoles e gingeronas, fazendo do gengibre um produto promissor para a manutenção da integridade do fígado.


Palavras-chave


Gengibre; Estresse oxidativo; Fígado; Expressão genética

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DOI: http://dx.doi.org/10.20438/ecs.v5i2.149

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