EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: DO ENSINO AO SUS
DOI:
https://doi.org/10.20438/ecs.v10i2.461Palavras-chave:
Educação Permanente em Saúde, Educação Continuada, Ensino em Saúde, Políticas de Saúde, SUS.Resumo
O texto trata da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS), reconhecendo, por pressuposto da EPS, a integração entre ensino, trabalhador, gestor e usuário da saúde. E se constituindo enquanto vertente pedagógica com potência transformadora das práticas de saúde. À luz de registros históricos documentais sobre o processo de implantação da política nacional de EPS no estado de Mato Grosso e da apreensão empírica de entrevistas semi-estruturadas realizadas com informantes-chave de uma região de saúde, o estudo recupera os movimentos político-educativos e as conquistas advindas da interlocução entre ensino e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), operada por sujeitos educadores, gestores e trabalhadores de saúde. As narrativas apreendidas desvelam a importância da interação entre a Escola Estadual de Saúde Pública e as Comissões de Integração Ensino-Serviço (CIES) e da descentralização da política de EPS, que na região do estudo propiciou a implementação de uma CIES municipal. A partir dessa autonomia, a EPS assumiu o papel de eixo direcionador de formação para as instituições de ensino superior regionais, fator que impulsionou a lógica da aprendizagem-trabalho alinhada a instituições formadoras públicas e privadas junto aos serviços do SUS.